DA SÉRIE:
Chuva na Cuia Funda, Natal Amarelo e Outras Histórias
(Santas e Bárbaras)
Vão longe, na minha estrada vivencial, essas histórias «santas e bárbaras». Outras, matutei. Matutar, o que é? Pergunte a qualquer matuto mineiro, e ele coçará a cabeça, tomará um cafezinho, dará umas baforadas no cigarro de palha, mastigará um biscoito polvilho, se tiver, e dificilmente lhe responderá de chofre, dirá que é preciso matutar. Adianto, contudo, aqui, uma conotação, a de que o melhor significado talvez seja o praticado pelo meu pai, o doutor Luizinho quando conta «causos», que seria mais ou menos assim: «acreditem, pois tudo é muito verdade verdadeira, assim como quando a gente vê, pelo mato dentro das Minas Gerais, muita chuva a cair, e diz, como se estivéssemos contentes de viver: «É CHUVA NA CUIA FUNDA!»
A propósito, creio que não fará mal algum revivermos logo um dos causos do doutor Luizinho, sempre muito verdadeiro, que ele conta com prazer imenso e, como se verá, com conhecimento de causa.
Consta que um dia, e já às tantas horas da manhã, lá pelos idos fins da década de 1930, ou será no início da década de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, conflito que se refletia já na escassez de produtos importados no Brasil, inclusive combustíveis, um cavaleiro bate com vigor à porta de seu consultório, sito na pequena casa ao lado do sobrado da família Pinto Coelho, onde o pai, seu Juquita, tinha a linda farmácia, em Santa Bárbara. Tinha ares de muita pressa, falou ofegante, quando o próprio doutor Luiz atende ao chamado: «Doutor, doutor, depressa, doutor, venho pedir um atestado de óbito. Minha sobrinha, Juscelina Fagundes, faleceu ontem, teve um ataque fulminante, ficou rígida. Foi experimentar o vestido de noiva, casório no sábado, os pais desesperados, ninguém sabe como aconteceu. No velório, um choro só madrugada adentro, logo Juscelina, muito amada na vila, doutor, mas não tem médico lá, uma tristeza, e o cemitério diz que sem atestado de óbito não pode enterrar. Vim no galope que esse burro me deixa vir, ainda mais com a lama chuvosa, buscar o atestado, doutor, e levo já, pois o enterro está marcado agora pras quatro da tarde. Chove, mas tá quente, o doutor sabe, não é bom a finada assim, no caixão aberto, tantas horas. O noivo não arreda pé, vim eu buscar o atestado lá pró cemitério.
–Espera, Seu…, como é mesmo o seu nome?
–João, Seu doutor, João Matoso Fagundes, pra seu servir.
–Pois então, Seu João, me diga o nome do lugar, tá vindo de onde?
–Desculpe, doutor, nem falei, nessa pressa. Venho dali de São Gonçalo, o do Rio Abaixo, uma hora no lombo de burro, chuvarada. Burro bom taí, doutor, não tem enxurrada que faz ele escorregar. Né, Assuntoso! É o nome dele. Assuntoso porque tem sempre as orelhas viradas pra direção de quem fala, espertice pura, ainda mais prum burro. Mas é forte e valente. Na frente do casa que serve de consultório do médico doutor Luiz, João puxa o cabresto de Assuntoso, assim com a mão mole de quem segura animal manso, enquanto diz essas palavras mais bem dirigidas carinhosamente ao burro. Uma chuva rala começa a cair sobre os dois homens e o burro, este agora de orelha encolhida.
–Doutor, pode me dar o óbito, o atestado pra defunta?
–Seu João, não posso não, Seu João, dar o atestado sem ir lá ver a morta. O doutor Luiz entra de volta ao consultório, para não se molhar, e gentilmente diz num gesto para que João Matoso também se proteja. E continua:–Tenho que examinar, não posso dar o atestado assim de longe, acredito no relato e no ocorrido, mas tenho que ir lá ver.
–Ai, meu Deus, mas então vamos, doutor, só que eu não sabia, não trouxe outra montaria pro senhor.
–Não se importe, Seu João, vou no meu carro. Mas lhe peço um favor: dê uma chegadinha na Casa Rocha, na Rua do Comércio, logo ali, é a loja de fazendas, pergunte pelo Macário. É meu ajudante quando preciso, bom rapaz. Peça-lhe que venha com urgência, o Seu Rocha vai compreender, vamos atender um caso em Rio Abaixo. E lhe peça para trazer um saco de capim, de preferência meloso. Aqui tem um guarda-chuva. Enquanto isso, vou me preparar para partirmos imediatamente.
–Perfeitamente, doutor. Mas, capim?!
–É, seu João, pro carro.
–Pro carro??!
–Pra encher o pneu do carro, caso fure. Só tenho um sobressalente; se furarem dois, não temos alternativa, não posso seguir caminho. Nesse caso, enchemos o pneu furado com o capim, e o carro vai muito bem. Peça a ele também um pouco de lenha para o gasogeno.
A estrada para São Gonçalo do Rio Abaixo previsivelmente não trata com carinho o Forde Bigode do doutor. Não trataria, mesmo sem chuva, na seca. Agora, então. Pesado com os dois ocupantes, doutor Luiz na direção e Macário na boleia, atento aos escapes indecisos do motor, o automóvel ladeia na lama, pneus deslizam. Devia ter colocado corrente nos pneus, pensa o doutor.A descida até o córrego Conceição, afluente do rio Caraça, de Santa Bárbara, já transbordando com as cheias, é feita com o carro engrenado em segunda marcha. Transposto o ribeirão, viu-se que havia entrado água no carburador, e por duas vezes os tripulantes tiveram que esperar, sentados dentro do carro, o esvaimento da água nessa peça . De nada valeram as tentativas de Macário, primeiro, e do doutor Luiz, depois, para manualmente voltear a manivela do motor. João Matoso, montado no burro, passou nessa hora por eles, ofereceu ajuda, mas acabou por seguir caminho, a tempo de antecipar em São Gonçalo a chegada iminente do doutor, para dar o atestado de óbito para o enterro de Juscelina Fagundes.
À chegada, o clima é meio de festa, como sói ocorrer em todo velório no interior mineiro. Choradeira por um lado, de umas poucas senhoras, as irmãs e a mãe de Juscelina, gente da vizinhança, a ex-professora do grupo escolar. Do outro lado, mais adiante, homens , moços e velhos, conversa alta, cachaça e café com biscoito polvilho e broa de milho. Da cozinha vinha um cheiro de feijão com linguiça e carne seca com torresmo, ares de feijão tropeiro, também pudera, hora do almoço já passada, com a demora do João Matoso, que nunca vem com esse atestado. Cheiro de couve só na hora de comer. A casa, bem posta, com solar de mirante e varanda de teto largo, bom pra proteger da chuva e do sol, cheia de varais com bandeirinhas de São João, coloridas. E nem estamos em época de festa caipira. Mas, tudo, por conta da defunta, cujo passamento repentino, véspera de casar, deixou todos por demais consternados. No meio da sala, o caixão aberto, Juscelina em trajes de noiva, o rosto ainda como se viva fosse na dança fugaz da luz das duas velas que ladeiam o esquife, tez rosada ao pó «rouge» que lhe passaram na face, queixo firme, olhos em sono angelical. João Matoso, no burro Assuntoso, e o doutor Luiz, mais Macário no carro, chegam mais ou menos ao mesmo tempo, lá pelas três e meia. Para alívio geral, pois agora o enterro da morta está garantido, e praticamente no horário previsto. Cumprimentos de praxe, o doutor Luiz, com sua maleta de médico, adentra a sala e chega ao pé do caixão. Estetoscópio na mão, começa o exame, pede um pouco de silêncio, não detecta batidas audíveis do coração de Juscelina. Abre-lhe um pouco mais o peito, as senhoras interjeitam sussurros maldosos. O doutor Luiz olha para a face de Juscelina. Moça bonita, pensa. Morrer assim, jovem. Olha de novo. De repente, vê um ligeiro movimento numa das pálpebras, como uma imperceptível reação ao pouso de uma mosca. Toca-lhe levemente com a ponta do dedo e, novamente, o piscar ligeiro. O doutor Luiz enfurece-se, começa a tremer de raiva por dentro, abre a maleta, encontra a seringa, perfura com força uma ampola com éter, e diz consigo mesmo, entre dentes rangidos, «esta moça não está morta! Está vivinha, finge, é histérica, a desgraçada!», sem mais se conter. «Vai ver. Éter dói. Vai pular com essa injeção». Ato contínuo, e para espanto e surpresa geral, avisou, alto e bom som: «esta moça não está morta, está mais viva que todos nós», e aplicou-lhe no braço, por cima mesmo da manga do vestido alvo de noiva, a dose de éter. Juscelina deu um pulo, levantou-se gritando de dor,e o doutor Luiz a esbravejar, «saia daqui sua desgraçada, sua fingida, saia já!». Gritos das mulheres, correria de levantar poeira em tempo de chuva, pão de queijo, há pouco servido quentinho pro doutor, rolando pelo chão, as gentes indo pra todo lado. Pandemônio. Alguns saíram aos gritos de milagre, milagre! Mais calmo, o doutor Luiz explicou aos pais da noiva tanto quanto podiam eles entender o ataque histérico e a reação da paciente, asseverando-lhes que «no demais a filha estava muito bem de saúde, e que possivelmente com o casamento tais sintomas iriam desaparecer». Juscelina, fechada no quarto com a mãe e irmãs, não parava de chorar, o noivo do lado de fora do quarto, não deixaram ele entrar- O senhor do cemitério foi dispensado com muitas desculpas do pai da noiva, não porém sem antes partilhar, junto com os convivas ao velório putativo, o feijão tropeiro que fumegava na cozinha, alheio às coisas deste e do outro mundo.
GEOGRAFIA DESTA E DE ALGUMA S OUTRAS HISTÓRIAS («SANTAS E BÁRBARAS»)
Como se vê, atravessam alguns dos contos a serra do Caraça, do seminário onde grande parte da família dos Motta estudou, onde antes o pai foi médico, e do agora santuário onde os dominicanos dão de comer aos lobos guarás que chegam de mansinho à noite, dóceis como a doçura do mel santabarbarense, poucos sabem dessa iguaria, produzida em Santa Bárbara. Sabem da igreja matriz, de Nossa Senhora da Conceição, arquitetura barroca, das mais belas e harmoniosas das redondezas, ainda que compreensivelmente não se lembrem, e nem se lhes ocorre lembrar, do nome de um dos fundadores dessa Igreja Matriz de Santa Bárbara, o rico Capitão João Teixeira Alves, proprietário de várias lavras de ouro, entre essas a já referida mina de Itajuru, e da Fazenda do Rio de São João, de que voltaremos a falar no conto logo adiante. Tampouco se lembram que o sobrado na rua de Baixo, com as janelas e vidraças coloniais enfileiradas, hoje colégio, pertenceu ao meu outro avô, o Coronel Pedro Moreira Teixeira da Motta, personagem muito importante em nossa vida e na história desses confins, e portanto com direito a foto e atenção mais pausada. Sabem do Hotel Quadrado, hoje restaurado, valha-nos o nosso amigo, o advogado Anchieta, benemérito da cidade e seu proprietário; sabem da antiga cadeia, que hoje alberga um pub, com celas gradeadas ao rez do chão, de frente para a praça central, e onde os presos se divertem, naqueles idos do tempo , mexendo com as moças que porventura passeiem diante das celas, no footing da praça; mas, não mais sabem das viagens de trem. Ainda as vislumbram, ao entrarem agora na estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, que virou museu, ainda bem, logo ali para baixo do Hotel Quadrado e do casarão de esquina, que pertenceu ao Seu Juquita e Dona Rosinha, meus avós paternos.
Seu Juquita, José Luiz Pinto Coelho, farmacêutico formado na Escola de Farmácia de Ouro Preto, e inventor de prosas, quem sabe uma das suas mais inspiradas atividades, além de maestro músico da orquestra da Matriz, casado já com bodas de ouro com Dona Rosinha. Grande e sagaz conversador, esse meu avô. Seu Juquiita inventou, entre muitas outras, aquela estória do Mister Gronga, chefe de missão inglesa que vinha à cidade para recuperar as minas de ouro já exauridas, e que por toda a parte e arredores gerou comoção grande, parecida, mal comparando, claro, com aquela causada nos EUA por Orson Welles com o anúncio da chegada à Terra dos marcianos. É que, com o correr da «notícia» da iminente «chegada da missão inglesa», cresceu junto a sensação de renascimento da riqueza numa cidade empobrecida e nostálgica dos tempos em que a fartura do ouro era tanta que se via, com a chuva , pó de ouro a escorrer pelos riachos e enxurradas. Verdade, podem acreditar. Pois a botica do Seu Juquita sempre foi ponto de encontro da prosa local. Com suas três grandes portas à frente do casarão abertas aos que buscavam remediar-se da saúde e da solidão, mas também aos curiosos de toda espécie, a farmácia era ricamente mobiliada com estantes de cedro e uma infinitude de vidros coloridos, almofarizes de cobre e potes de porcelana com dizeres exóticos, como «Ung: De Althéa» ou «Pom: De Bellad» emoldurados em pinturas de bananeiras verde-bandeira e ruínas de colunas coríntias em amarelo pálido da cor do céu grego no verão tórrido, quando batem os ventos desérticos do Saara, carregados de pó de areia. Ali, por detrás do longo balcão em balaustrada, sempre de terno e colete, Seu Juquita aviava receitas e sobretudo dava asas a uma boa prosa com os visitantes.
Santa estorinha bárbara! Santa Bárbara. Hoje quem lá vive sabe que a cidade, com mais de trezentos anos, vizinha de Ouro Preto e, como essa, outrora rica em ouro, tem a economia com base na mineração de ferro e outros minerais, devastadora dos campos, da vegetação e dos homens com suas represas de lama e barro. Basta ver o que pode acontecer bem perto de Santa Bárbara, na comunidade do Carrapato, com a represa da Anglo-Gold Achante, mais de 13 milhões de m3 de rejeitos venenosos, lama com arsénio, cianeto, logo acima do rio Conceição, afluente do rio Caraça, onde a cidade capta a água, e cujo rompimento afetará diretamente várias outras comunidades, como Brumal, São Bento, são Gonçalo. Ou a ameaça que segue pairando sobre os habitantes de Barão de Cocais, vizinha de Santa Bárbara, e redondezas, caso se rompa, como previsto, a represa dos dejetos da mina de Congo Soco, com seus 34 mil m3 de lama e pó de ferro. É a mineradora VALE, sempre presente. Muita desgraça já vista e por vir! Santa barbaridade!
Vão esses relatos por além do vizinho arraial, agora município, de Catas Altas do Mato Dentro. Lá viveu também o Seu Juquita, casado em novas núpcias, aos 86 anos, com Margarida, chefe dos Correios local, e dona de um belo sobrado de portal e janelas verdes, ali na rua de baixo, à esquerda de quem desce a praça principal. Foi sua ex-amante, depois mulher de papel passado, com a bênção do padre, segundas núpcias não tiram esse direito, a Vó Rosinha, Rosa Lúcia, primeira mulher, já morta e enterrada. O morro solitário de Catas Altas, por onde pelegrinam as casas coloniais e velhos sobrados, parece um pequeno Davi, que enfrenta, a pouca distância, num grande espetáculo de luz e sombra, que dependendo da hora do dia deixa quase cegos os habitantes do arraial, o imponente Golias, a serra do Caraça, um muro com cara de gente, já disse, alto, quase alpino, de granito, minério de ferro puro, com seu antigo seminário onde tantos filhos de boas famílias da região sofreram barbaramente com um aprendizado medievo, antes de se tornarem os juristas, advogados e políticos que tanto contribuíram para a conformação das elites intelectuais mineiras século atrás. Ali estudou Afonso Penna, nosso tio bisavô, presidente do estado e do Brasil. Praticamente todos os Mottas, da descendência do patriarca João da Mota Ribeiro, e muitos dos Pinto Coelhos, da descendência do Barão, o Tenente Coronel José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, por lá passaram. Igreja linda, com órgão que data de sua construção no século XVIII, dando para o vale coberto de mata atlântica em bioma de transição para a vegetação de terras altas. Prédio da biblioteca pegou fogo, muitos anos atrás, hoje ainda em ruínas, somente em parte recuperado. Todo o conjunto de prédios do Caraça, hoje privatizado e com exploração hoteleira, faz parte de uma área reservada e bem preservada. Vale a viagem.
Catas Altas, com suas donas sempre de preto e à porta, ou à janela, e que sem relutância (talvez agora menos do que antes, muitas já morreram) convidam com prazer o transeunte visitante a tomar um vinho de jubuticaba, como desvela poeticamente Fatima Pinto Coelho, no livro sobre Catas Altas[1] .
Nossas histórias
(santas e bárbaras) se perdem nas profundezas das minas de ouro do Congo Soco,
de Cuiabá e Caeté, de Volta do Frade em Santo Antônio do Rio Abaixo, das lavras do Bananal, em Catas Altas.
Voam por sobre Bom Jesus do Amparo, povoado feito freguesia em 1858[2]
e as fazendas do Rio de São João e do Rosário do ´coronel` Pedro Moreira Teixeira da Motta, cujo bisavô, João da Mota Ribeiro[3],
nascido em 1775 e batizado, corretamente com um só «t»,
em Celorico de Basto, nas cercanias de Braga, do outro lado do grande
rio chamado Atlântico, chegou ao Brasil
nos idos findos do século XVIII, com 20 anos de idade. «Viera a negócio de parentes seus do Reino: para
liquidar, como procurador, certa herança aqui aberta por seus tios Francisco e Antônio da Mota Miranda, falecidos
pouco antes em São
Gonçalo do Rio Abaixo, município
de Santa Bárbara.[4] Soube prosperar no comércio, na
pecuária e na agricultura, com aquisição de terras de mato, dentro das
Minas Gerais (Senhor revisor, por
favor mantenha a vírgula onde está, entre« mato» e «dentro», obrigado), deixando,
ao falecer em 1835, só de terras, além das fazendas citadas acima, as de
Itajuru, Barra de Sant´Ana, Três Barras, a Quinta do
Lago, e o Retiro do Mota, em Taquarassu,
e terras em Itabira, somando área total calculada em «mil e tantos alqueires». Foi empreendedor na indústria, não só a extrativa (com a
exploração de importantes jazidas auríferas), ou com a instalação, na Fazenda do Rio de São João, de «filatórios» para a tecelagem de
panos de algodão, e de «uma das primeiras forjas
hidráulicas de beneficiamento do ferro», de uma tipografia em Ouro Preto, à
rua do Carmo número 9, além da produção de açúcar no grande engenho daquela fazenda, azeite e moagem de trigo. Como digo, saberemos mais desse nosso
primeiro antepassado em terras brasileiras e de alguns de seus filhos..
[2] Por obra e graça do Major Pedro Augusto Teixeira da Motta, 4º filho do patriaca, Coronel João da Mota Ribeiro. Herdeiro da Fazenda do Rio de São João, que recebeu o Barão de Caxias e toda a sua tropa «sob telha» na fazenda, em seguida à campanha de Caxias em Minas, para combater a sublevação separatista do Barão de Cocais, José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, em 1842.
[3] As referências e anotações sobre João da Mota Ribeiro e descendentes da família Teixeira da Motta (ao que parece, os filhos do patriarca já foram batizados com a grafia de dois ´tt` no nome Motta) encontram-se com base em Massaniello Lopes Cançado, Nota Biográphica do Cel. João da Motta Ribeiro, em comemoração do primeiro centenário do seu fallecimento. E outras observações sobre membros da illustre Familia Motta. Maio 1835-1935.Santa Bárbara, maio de 1935, mimeo; e Salomão de Vasconcelos, Solares e Vultos do Passado, Imprensa Nacional,Livraria distribuidora Oscar Nicolai,, Belo Horizonte.S/d
[4] Salomão de Vasconcellos,op.cit., p.14