VIVÊNCIAS Navegávamos há14 dias pelo Atlântico Sul, de águas frias apesar de estarmos em inícios do verão, ao longo da costa meridional do Brasil e, em seguida, da costa argentina. O «Barão de Tefé», navio oceanográfico feito navio polar da Marinha do Brasil, atravessava, com alguma humildade e muita galhardia, entre narigadas de proa e orelhadas de bombordo e boreste,…
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VIVÊNCIAS-VIII-AS AMÉRICAS-DE WASHINGTON A ASSUNÇÃO A BUENOS AIRES
VIVÊNCIAS X-AS AMÉRICAS: DE WASHINGTON A ASSUNÇÃO A BUENOS AIRES (i) WASHINGTON. D.C.-EUA Em um belo dia de fins de outono, recém chegado a Washington D.C., recebo em meu cantinho de Terceiro-Secretário na embaixada a chamada telefônica de minha mulher, que vinha buscar-me ao final do expediente: –Fogo! Corre, desce! Nosso carro tá pegando fogo, aqui mesmo, em frente à…
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VIVÊNCIAS-VII-LISBOA- A COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA-CPLP
VIVÊNCIAS X-LISBOA. A COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA—CPLP A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP é uma organização internacional sediada em Lisboa. É um desafio falar da CPLP, uma iniciativa que mexe com muitos arquétipos: viagens e descobrimentos, impérios, metrópoles e colônias, liberdades e desconfianças, criatividade, lideranças e democracias, vizinhanças e distâncias, igualdades e desigualdades. Será vista como arranjo…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS-PARTE VI-ISRAEL 1- O MUSEU ADONIRAN BARBOSA NO KIBUTZ BROR-HAYIL
ISRAEL I-O MUSEU ADONIRAN BARBOSA EM BROR-HAYIL Quando a comissão de dirigentes do kibutz Bror-Hayil- chamado kibutz dos brasileiros, veio ver-me para apresentar um projeto «muito especial», em inícios de 2008, eu já havia assumido minhas funções como embaixador em Israel há mais de um ano. Tempo suficiente para promover a mudança de nossa chancelaria. Estava antes localizada em prédio…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS-PARTE-V- VIDA DE CONSULADO
1-VIDA DE CONSULADO: CARLOS CÂMARA PESTANA Logo após eu ter assumido as funções de Cônsul-geral do Brasil em Lisboa, em agosto de 1999, pediu hora para ver-me o senhor Carlos Câmara Pestana, que se identificou como diretor do Conselho Consultivo do Banco Itaú para a Europa. Recebi, à hora aprazada, esse homem extraordinário, por todos os méritos. Advogado e pessoa…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS-PARTE IV- (II) GENEBRA
II-GENEBRA DOIS CASOS GENEBRINOS A) GATT e a Rodada Uruguai; o meio ambiente. Após o almoço no «Café de Paris», recém chegados à cidade, minha mulher, Moira, então Primeira-Secretária, as filhas pequenas Laila e Cecília e eu, Conselheiro, prestes a assumir nossas funções na Missão do Brasil junto aos Organismos Internacionais sediados em Genebra, na Suíça, chamada de Delegação Permanente…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS-IV-NOVA YORK E GENEBRA: (i)-NOVA YORK
NOVA YORK E GENEBRA São as duas «Mecas» da diplomacia multilateral. (i)-NOVA YORK Sede da Organização das Nações Unidas-ONU. Lá, na sede da ONU, respira-se o ar cosmopolita da cidade e pratica-se uma diplomacia ao mesmo tempo prosaica e política. Sempre de alto nível, diga-se. Mesmo no mais ínfimo subcomitê, ou na mais informal das sessões de consultas, o nível…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS-PARTE III-AMAZÔNIA E MEIO AMBIENTE
AMAZÔNIA.VIVÊNCIAS- UM MINEIRO MATUTO NA DIPLOMACIA-PARTE III AMAZÔNIA E MEIO AMBIENTE AMAZÔNIA.VIVÊNCIAS-PARTE III AMAZÔNIA — Dizer que a Amazônia é um mundo é dizer nada e tudo. O nada, de nossa pequenez, e o tudo, do bioma mais impressionante que se pode vislumbrar, são revelados na transparência luminosa (para seguir a sugestão dos termos que minha amiga, a Vidraça, usou…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS DE UM MINEIRO MATUTO: PARTE II
UM INTERVALO AUTOBIOGRÁFICO E DE AUTOFICÇÃO: A AMIGA VIDRAÇA Antes, porém, de continuarmos, permitam-me apresentar-lhes a amiga Vidraça. Sim, Vidraça me viu nascer. Meu «alter-ego», alguém que me conhece por dentro, por assim dizer, e que não tem pejos em dizer certas verdades que eu, como diplomata, acostumado a duvidar das verdades que nos são ditas, tenderia a questionar, mas…
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VIVÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E AUTOBIOGRÁFICAS DE UM MINEIRO MATUTO: PARTE I
O 707 da VARIG faz uma aproximação lenta, sustentada pelo vento de proa, em direção ao aeroporto de Lisboa, num entardecer frio de Janeiro, 1972. Como será isso? Ajeito-me na poltrona, no rabo do avião, tinha preferido um lugar bem ao fundo. Teria sido falta de premonição? Na queda, nas cercanias de Paris, de um avião 707 da mesma empresa…